Última semana do evento "Enegrecendo setembro" tem atividades programadas de 26 a 29/9

O evento de extensão Enegrecendo setembro, organizado pelas professoras do IFRS - Campus Porto Alegre Renata Severo e Aline Ferraz, encerrou sua terceira semana de atividades na sexta-feira, dia 22/9, com a proposta trazida pelo poeta Duan Kissonde: debater, conversar e movimentar o saber discutindo a produção de poesia pela, sobre e com a mulher negra.

Poetas Duan Kissonde, Lilian Rocha, Ana Dos Santos e Fátima Regina Farias; e público presente.

A semana iniciou, no dia 18/9, com um exercício de sensibilização a respeito de privilégios e exclusão proposto pelo Centro de Referência em Direitos Humanos, Relações de Gênero, Diversidade Sexual e Raça (CRDH) - NUPSEX/CRDH. 

Debatedores e estudantes do IFRS; e participantes durante exercício "Caminhada dos privilégios"

Na terça-feira, dia 19/09, no turno da manhã, os estudantes presentes puderam conhecer e discutir o projeto de pesquisa/extensão realizado pelo NEGA (Núcleo de Estudos Geografia e Ambiente) da UFRGS junto à comunidade Quilombo dos Alpes, um dos quilombos urbanos localizados em Porto Alegre.

Professora Antonia Evangelista e Grupo de Pesquisa NEGA; público presente.

À noite, ainda no dia 19/9, foi a vez de a jornalista e escritora Priscila Pasko e o professor e escritor Jefferson Tenório apresentarem a obra e a história da escritora  contemporânea Cidinha da Silva. Em ambas atividades, a discussão girou em torno dos temas resistência, representatividade e autorreconhecimento identitário da população negra e não-negra.

Escritores Priscila Pasko e Jefferson Tenório, e público presente

Já na quinta-feira, dia 21/09, a Frente Quilombola - RS, representada pela professora Patrícia Gonçalves, apresentou o documentário "Carta à Mãe África" para introduzir o debate sobre racismo e sociedade.

Professora Patrícia Gonçalves

Segundo as organizadoras do evento, até o momento, além dos temas já citados, os debates durante o evento têm sido pautados por uma profunda desacomodação das certezas que temos enquanto indivíduos e pela problematização do conhecimento e dos métodos acadêmicos que, muitas vezes, em nome de uma ciência e de uma epistemologia eurocentradas, desconsideram os saberes ancestrais dos povos tradicionais (a saber: africanos e ameríndios).

Poetas, público e organização após atividade do dia 22/9. 

(Fotos: Matheus Benites)

A partir desta terça-feira, dia 26/09, o “Enegrecendo” retorna, para sua última semana de atividades, com a seguinte programação: